A insuficiência cardíaca é principalmente uma consequência de doenças prévias que danificaram o coração e resultaram na incapacidade deste órgão em exercer suas funções de forma adequada, embora existam casos mais raros em que a IC é uma condição de nascença. Na doença, duas situações podem ocorrer: (1) o coração não ter força suficiente para enviar o sangue para circulação nos vasos; (2) o coração receber o sangue de volta, mas ter dificuldades para se encher, pois sua musculatura está enrijecida.
Por acarretar uma quantidade insuficiente de sangue em todos os órgãos do corpo, a insuficiência cardíaca pode resultar na concentração de líquido em alguns locais como pernas, pés e em órgãos como pulmões ou intestinos, causando um inchaço nessas regiões, chamado de edema.
Quando os sintomas da IC pioram ou são muito intensos, atrapalhando o dia a dia dos pacientes, é preciso conversar com o médico para reavaliação do tratamento.4 Hoje já existem no Brasil diferentes tratamentos para a insuficiência cardíaca, incluindo opções que possibilitam a redução da mortalidade e das hospitalizações recorrentes, entre outras complicações, trazendo mais qualidade de vida para quem convive com a IC.
Uma pesquisa do Departamento de Insuficiência Cardíaca (DEIC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia(SBC) traçou o perfil dos brasileiros com a doença. No Brasil, os principais fatores de risco para o desenvolvimento da insuficiência cardíaca são:
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- hipertensão arterial (70,8%)
- diabetes (34%)
- histórico de infarto (26,6%)
- insuficiência renal crônica (24,1%)
A insuficiência cardíaca é mais comum em pessoas com mais de 65 anos e acima do peso. A prevalência da IC é maior entre as mulheres.
A insuficiência cardíaca também atinge pessoas de todas as classes sociais, mas os cuidados dispensados com o paciente, somados ao acesso ao tratamento e à informação de qualidade, podem fazer a diferença no prognóstico, na evolução da doença e até nas taxas de mortalidade.
É importante saber que a doença é crônica e progressiva, ou seja, que se agrava com o passar do tempo. A doença é também frequentemente marcada por episódios agudos, quando os sintomas se agravam além do “normal”, fazendo com que o paciente tenha que buscar ajuda médica e hospitalar de emergência, e o levando a internação. Neste caso, a doença é chamada de insuficiência cardíaca aguda ou insuficiência cardíaca crônica descompensada.5
Se a insuficiência cardíaca não estiver sob controle, as internações podem ser frequentes, gerando um alto custo emocional para os pacientes e seus familiares, além de gastos financeiros elevados para os sistemas de saúde (públicos e privados).
Fonte: saude.novartis.com.br