RECOMENDAÇÕES DE CHECK UP PARA PREVENIR INFARTO

Recomenda-se fazer o check up cardíaco de uma a duas vezes por ano, especialmente se o paciente apresenta histórico de diabetes, infarto, hipertensão, derrame ou colesterol alto na família. Além da predisposição genética, fatores de risco como tabagismo, sedentarismo e má alimentação podem afetar o coração e o sistema circulatório, o que torna o acompanhamento médico indispensável a partir dos 30 anos de idade.

O check up preventivo inclui, comumente, o exame laboratorial (hemograma) e o eletrocardiograma. Cada um deles é capaz de adicionar ao quadro geral uma informação nova sobre o coração.

O exame de sangue busca mensurar e monitorar a concentração de gordura, ácido úrico, homocisteína e outras substâncias indicativas de problemas cardiovasculares no organismo.

O eletrocardiograma é feito com o paciente em repouso e capta a atividade elétrica do músculo cardíaco. Por meio dele, é possível identificar alterações nos batimentos e averiguar se o ritmo está normal e se a função cardíaca está regular, rápida, ou lenta.

Caso a pessoa pertença a um grupo de risco (se for fumante, diabético, tiver histórico na família, etc.), o cardiologista pode pedir também um ecocardiograma e um teste ergométrico que fornecerão mais dados para a avaliação clínica. O teste, realizado com o paciente em movimento, é responsável por identificar arritmias e registrar o comportamento da pressão arterial durante o período de esforço; já o eco fornece informações sobre a estrutura do coração: contração do músculo, as medidas das cavidades cardíacas e o funcionamento das válvulas.

Normalmente, esses exames dão conta de um check up cardíaco bastante satisfatório. No entanto, dependendo do estilo de vida do paciente ou dos resultados obtidos nos primeiros testes, o médico pode solicitar exames mais acurados, capazes de precisar visualmente possíveis lesões e a localização delas nas artérias coronárias: é o caso da cintilografia, da antiotomografia e do cateterismo.

A importância da investigação e da avaliação médica

É muito importante que o médico faça uma entrevista completa com o paciente: estando a par do histórico, dos hábitos de vida e das necessidade individuais dele, o profissional consegue encaminhá-lo aos exames apropriados.

É muitas vezes durante uma conversa atenciosa que o cardiologista percebe que está atendendo uma pessoa ansiosa, ou que tem, por exemplo, episódios ocasionais de falta de ar. É normal que alguns indícios de estresse respiratório ou má circulação passem despercebidos; por isso, o médico deve estar atento e disposto a escutar e investigar não somente os sintomas apresentados, como também a rotina dos pacientes.

Fonte: Andrea Wirkus/Coração Alerta